segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
As sem-razões do amor
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Vídeos
Alguns videozinhos legais aqui pra gente, to sem criatividade pra escrever sobre cada um, então vai eles sozinhos pra variar.
01- Experiencia do Zoim (saudade dele)
02- Aprovados no vestibular no Dinâmico
(segundo uma menina que tava fazendo algazarra na sala, a caixinha rendeu 200 reais)
03- Tributo à Johnny Cash - Fodões ao som de God's Gonna Cut you Down (musica e voz do johnny)
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Fatos e palavras de fato
Falar sobre meus primeiros contatos com a escrita é um assunto um tanto delicado. Não que isso se deva a experiências traumáticas, o fato é outro: as lembranças simplesmente se perderam no tempo. Imagens quebradas e nebulosas de professoras do primário me vêm à cabeça, mas a lembrança marcante foi o presente de um primeiro livro. Talvez a mais marcante, por isso, antes de falar da escrita, é preciso falar da leitura. Foi com ela que as palavras escritas passaram a ter, para mim, uma infinidade de aplicações e serventias que vão muito além do simples fato da comunicação.
Era meu aniversário. Não sei ao certo quantos anos fazia eu naquele ano. Meu padrinho me deu um livro, o, até então, desconhecido Harry Potter. Meses antes, na livraria, minha mãe havia me mostrado o mesmo título. Obviamente eu não havia me interessado, ainda estava na fase dos livros “com bichinhos de apertar”. Porém, no meu aniversário, com o Harry Potter na mão e meu padrinho em minha frente, me senti na obrigação moral de lê-lo.
Não foi uma missão fácil, lembro, até hoje, que só comecei a entender o primeiro capítulo quando já estava na metade do quinto. Apesar da dificuldade, não desisti. Se meu padrinho perguntasse do livro, passaria vergonha. Continuei firme e, aos poucos, não apenas Hogwarts, mas todo um mundo oculto, constituído de palavras e idéias, foi sendo revelado a mim.
A partir de Harry Potter, me interessei pelos livros e não parei mais de ler. Minha estante só foi ganhando mais e mais exemplares. Como conseqüência, minha redação, meu vocabulário e a coerência do meu pensamento melhoraram muito. No entanto, a paixão pela escrita do caderno nunca superou a paixão pela escrita dos livros.
Até hoje não sei se essa paixão começou a partir do incentivo de parentes, da obrigação moral que senti em ler o “livro-presente”, ou se foi uma mistura de tudo isso. Porém, agradeço, sem saber ao certo a quem ou o quê, por me apresentar esse mundo da escrita.
Isabela Carpaneda Valle